desafio 26 - Desafios Globais
Contribuir para uma globalização inclusiva e sustentável
Na próxima década, a ordem internacional deverá levar a cabo transformações substanciais no sistema político, económico e institucional de governança, a fim de incorporar nos órgãos decisórios os novos atores económicos globais e de refletir os novos equilíbrios de poder que se formarão no advento da nova ordem económica, surgida após a crise financeira e económica mundial, para que possam ser encontrados novos consensos e respostas adequadas aos desafios globais.
Nesse sentido, é previsível que as Nações Unidas levem a cabo reformas profundas, na configuração dos seus órgãos de governo e especialmente na sua composição.
Uma vez mais, a razão será a necessidade de incorporar, nos seus órgãos de governo, os novos atores globais para reforçar a sua representatividade e eficácia na gestão dos desafios globais e manter relevância internacional.
É também previsível que haja uma integração entre os atuais fora de gestão da economia global (e.g., G20 - Grupo dos vinte, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo e pela União Europeia; G8 - Grupo dos oito, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia; G2 - Grupo dos dois, grupo informalmente composto pelos Estados Unidos da América e a China; BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul; IBAS - Fórum de Diálogo; ASEAN - Associação de Nações do Sudeste Asiático), refletindo a nova realidade geo-económica onde, ao lado dos atores tradicionais, surgem novos atores da economia global, desejosos de exercer a sua influência na organização e gestão dos desafios económicos globais.
Impõe-se a participação ativa e construtiva de Portugal nas organizações internacionais a que pertence, em especial nas de maior importância para a defesa e promoção dos valores que presidem à Ordem Internacional assim como para a valorização dos interesses nacionais no contexto internacional.
Como objetivo relevante, neste âmbito, Portugal deve desenvolver uma política ativa de colocação e acompanhamento das carreiras de portugueses nas organizações internacionais.
Neste contexto defendemos a seguinte orientação estratégica e recomendações:
- Reforço do papel de Portugal nas organizações multilaterais