desafio 7 - Conhecimento
Tirar partido da criatividade, mobilidade e participação da juventude
A juventude é uma etapa do percurso individual e um elo entre gerações.
Por isso, a participação cívica ativa e independente dos jovens adultos é determinante para o desenvolvimento de uma sociedade económica e socialmente desenvolvida, seja através do associativismo, do voluntariado ou da formação cívica escolar numa lógica de aprendizagem ao longo da vida.
No entanto, com o alargamento dos ciclos de estudo das novas gerações, a par da entrada cada vez mais tardia no mercado de trabalho, com consequências na noção de carreira, assim como os novos interesses e motivações dos jovens, temos assistido ao fenómeno da dilatação no tempo do conceito de juventude.
De facto, as dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e a instabilidade do emprego limitam a construção de um projeto de vida sustentado na confiança de uma melhoria contínua das suas vidas, criando dificuldades no acesso à habitação, em muitos casos fator fundamental de emancipação e da consagração das expectativas de milhares de jovens.
Por isso, o conceito de juventude, outrora geracional, é hoje partilhado não apenas com base em conceções etárias, mas cada vez mais identificável com um conjunto de preceitos que caracterizam todo um novo grupo social, e que partilha, essencialmente, um conjunto de preocupações: a procura de oportunidades para gerir as suas próprias vidas e ter condições para tomar decisões autónomas e devolver ao seu país as aprendizagens que o próprio Estado financiou (proporcionou). É necessário criar as condições para que se reconheça e concretize a importância da emancipação dos jovens.
Acresce que o envelhecimento das sociedades europeias conduz necessariamente a uma intensificação do fenómeno migratório, para compensar o défice demográfico.
Um terço da população jovem mundial encontra-se nos países em vias de desenvolvimento e há múltiplos fatores que estimulam a sua saída para outros países mais prósperos.
Mas importa recordar que Portugal dispõe de uma geração cada vez mais qualificada e empreendedora e o seu contributo será vital na superação dos nossos obstáculos estruturais e na reestruturação da economia.
Mas essa mesma geração precisa de encontrar esperança para o desamparo atual, desde logo nas Instituições em que sempre confiou para o seu bem-estar.
Ora, uma área em que o bem-estar dos jovens e da população em geral é expressiva é no desporto. Não obstante o seu papel integrador dos jovens na comunidade e em prol da sua estabilidade física e mental, em Portugal, estamos ainda longe de oferecer a todos aqueles que desejam fazer desporto condições públicas para cumprir tal desiderato.
De facto, o papel dos poderes públicos na área do desporto deve ser essencialmente complementar à ação dos movimentos desportivos, cabendo às federações desportivas o papel principal na condução dos assuntos desportivos.
Assim, são estas as principais recomendações:
- Reforçar o associativismo juvenil, a participação cívica e a intervenção social
- Promover o empreendedorismo jovem
- Reforçar junto dos mais jovens os mecanismos de pertença e consciencialização global
- Incentivar o enraizamento de hábitos de prática desportiva
- Envolver o movimento associativo na dinamização da política de desporto
Orientações Estratégicas
- Reforçar o associativismo juvenil, a participação cívica e o compromisso de intervenção social das novas gerações
- Promover o empreendedorismo jovem, apostando em condições de empregabilidade e em novas oportunidades
- Reforçar junto dos mais jovens os mecanismos de pertença e consciencialização global, no quadro de uma relação mais cosmopolita de Portugal com o mundo
- Incentivar o enraizamento de hábitos de prática desportiva na sociedade civil
- Envolver o movimento associativo na dinamização da política de Desporto